Sempre
quis que voltasses atrás. Sempre quis. Sempre quis ser a tua escolhida. Sempre
quis. Sempre quis ser o teu “eu nunca senti isso por ninguém”. Sempre quis.
Secretamente eu queria-te para mim mesmo depois de tudo o que “não tínhamos”
ter acabado. Foste a minha história mais bonita e mais verdadeira. Foste quem
eu sempre quis, quem eu sempre sonhei. Eu sabia que eras tu assim que entrei
naquele restaurante. Eu sabia que era contigo que eu queria partilhar uma parte
– quem sabe toda – da minha vida. Eu sabia… No fim nada foi como eu sempre
quis.
Como
consegues fazer-me estar tão presa a ti até hoje, tanto tempo depois? Como
consegues fazer-me ficar com as pernas a tremer cada vez que vejo que vens
falar comigo ou que respondes a algo que eu te disse? Eu ainda sinto a tua
falta, sabias? E não é pouca…
Gostava
de te mostrar tudo aquilo que não viste em mim, aquilo que não tiveste tempo de
conhecer. Modéstia à parte, perdeste muito do que te queria mostrar e dar. Mas
não te podia obrigar a ficar. Não podia. Tanto não podia que te deixei partir e
aquele foi, sem dúvida, um dos dias mais bonitos e mais duros da minha vida. O
último abraço soube a perda e a dor prolonga-se até hoje, passados tantos
meses. Porque é que partiste quando tudo o que eu queria era que ficasses?
A.
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