domingo, 15 de maio de 2016

Vemo-nos por aí.




Eras a minha única certeza. Não eras o melhor da minha vida mas eras o melhor de mim neste momento. Numa fracção de segundo perdi-te. Estava tão ligada a ti e nem tinha dado conta… Não sabia mesmo.
Fazes-me falta. Faz-me falta falar contigo todos os dias. Faz-me falta ter o aconchego do teu colo depois do trabalho. Faz-me falta o teu beijo, os encontros inesperados nos corredores. Faz-me falta sentir-me amada e valorizada.
Não corro atrás de ninguém mas tenho pena que nos tenhamos perdido no início da caminhada. Talvez nos voltemos a encontrar a meio da mesma, mas até lá…
Vemo-nos por aí.
A.

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Diário dos meus arrependimentos


Quando olho para trás, há muitas coisas que me arrependo de ter feito. Pessoas com quem me arrependo de ter estado, atitudes que me arrependo de ter tido, palavras que me arrependo de ter dito. Enfim, momentos e épocas da minha vida sobre os quais daria tudo para poder passar uma borracha por cima e fazê-los desaparecer para todo o sempre no cosmos do passado, algures longe das minhas memórias. 
No entanto, as poucas coisas que me arrependo de não ter feito são as que me matam, as que me roem por dentro, as que me visitam os sonhos e me põem frustrada comigo própria.
Tu. Tu és um arrependimento. Por não ter feito mais, por não ter tentado mais, apesar de saber que fiz quase tudo o que estava nas minhas mãos. Ainda assim, és uma incógnita do destino. Uma criatura mítica. Uma prova do meu falhanço. Uma oportunidade perdida. Um projecto inacabado.
Agora, nunca saberei que papel terias na minha vida. Nunca saberei quem serias para mim.
E é isso que me mata. É isso que me rói por dentro. Saber que não explorei todos os caminhos. Saber que faça as escolhas que fizer, estarei sempre na dúvida se tu eras melhor escolha.
Perguntar-me, sempre que penso em ti, "porque é que desististe de algo que prometia tanto?".

M.

sábado, 7 de maio de 2016

Não me percas.



Fiquei à espera da tua chamada. A chamada que não chegou…
Sabes o quão difícil foi deixar-te entrar para a minha vida? Viste o tempo que demorei até deixar-me, finalmente, levar por ti? Não me faças crer que afinal não o devia ter feito. Não me faças acreditar que afinal não devias ter entrado.
Chegaste devagarinho, instalaste-te e prometeste nunca mais sair. Vais cumprir a tua promessa? Ou não és um homem de palavra?
Não sou de lágrima fácil, mas já não é a primeira vez que vou para a cama a chorar. Estás mesmo a deixar isto acontecer?
Hoje? Hoje dói-me imenso ver que, inevitavelmente, algo não está bem. Hoje dói-me precisamente por ser a data que é. Hoje dói-me muito mas amanhã vai passar. Eu prometo a mim mesma que amanhã passa…
Conquistaste-me, e agora que a parte mais difícil já foi, cansaste-te? É isso? Não percebo.
Quem gosta, cuida. Gostas de mim? Então não me percas.
(03-05-2016)
A.