domingo, 29 de novembro de 2015

Namora com uma mulher que seja a tua "once in a lifetime"


Namora com uma mulher que te ouça. Namora com uma mulher que te faça rir, que te divirta, que faça do tempo que passam juntos/as a melhor parte do teu dia.
Namora com uma mulher livre. Que não esteja contigo porque precisa de ti, mas porque quer. Que saiba estar sozinha. Assim saberás que está contigo porque quer e não para afastar a solidão.
Namora com uma mulher honesta. Que te diga o que pensa. Que seja sincera. Que te compreenda.
Namora com uma mulher que te inspire. Que tenha opiniões. Que reclame. Namora com uma mulher que não se conforme com os males do mundo ou da vida. Namora com uma mulher que lute pelo que acredita.
Namora com uma mulher com quem te sintas confortável. Com quem te sintas à-vontade. Com quem possas ver as estrelas, fazer planos para o futuro ou falar do vosso dia.
Namora com uma mulher segura. Confiante. Que saiba o que vale e o que quer.
Namora com uma mulher de acções e não de palavras. Que se mostre nos gestos quotidianos.
Admira-a. Venera-a. Agarra-te a ela e não a deixes ir. Uma pessoa assim é difícil de encontrar. Ela é a tua "once in a lifetime".


M.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Fiz-te uma promessa e estou presa a ela.




Fiz-te uma promessa. Prometi que acontecesse o que acontecesse, eu não sairia daqui; acontecesse o que acontecesse, eu esperaria por ti. Estou presa a essa promessa e todas as decisões que tomo a têm por base. Mas quanto tempo mais vou ter que esperar? Mais um ano? Não sei se aguento mais… Preciso de algo. Amor. Sim, é de amor que eu preciso. E sabes? Há gente disposta a dar-me esse amor que eu preciso e por causa da promessa que te fiz, não estou a aceitar a entrada dessas pessoas na minha vida.
Promete-me que me deixas cumprir a minha promessa ou então deixa-me quebrá-la.
A.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

A história da (minha) tua vida


Perdeste a fé, a esperança no futuro, a confiança em ti própria/o. Bateste no fundo e não consegues sair de lá. Fechas-te em copas, disfarças um sorriso e finges estar tudo bem. Passas por "aquela pessoa" (sabes a quem me refiro) e sorris, e brincas, quando por dentro te desmoronas. Não sabes o que ele/a quer de ti, mas tens medo de perguntar. Receias ser para ele/a menos do que ele/a é para ti.
Só consegues pensar nele/a e em estar com ele/a, mas temes que isto seja mais um amor não correspondido, mais uma não-relação, mais um desgosto.
Tudo bate certo, tu sabes, ele/a é a pessoa certa para ti, tem de ser, estão destinados a ficar juntos. Mas achas que ele/a não vê isso, por alguma razão. Que não vê o que tem à frente dos olhos. E começas a pensar - talvez o problema seja teu. Talvez haja algo em ti que impede que as pessoas certas se apaixonem por ti. Talvez estejas, por alguma razão, destinada/o à solidão, a uma vida só. E temes mais que tudo que isso seja verdade. Mas não consegues deixar de pensar no assunto.
Continuas no fundo do poço. Não vês a luz. E pensas que o melhor talvez seja desapareceres para sempre.
Sei o que é isso. Bem demais. E talvez estejas a pensar que te darei conselhos - "sê feliz", "o amor vai encontrar-te", "ama-te". É para isso que estes textos servem, não é?
Desculpa desapontar-te, mas não tenho conselhos para te dar. Não sei o que acontece agora. Não sei o que deves fazer, ou como deves pensar.
Quando descobrir, digo-te.

M.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

A carta que nunca te escrevi.


Olá. Sou eu. Como estás?
Achei que tinha que te escrever, tinha que expressar tudo o que me vai na alma, no coração. Espero que me compreendas. Espero que compreendas as razões que me levaram a escrever esta carta.
Conhecemo-nos há cerca de um ano e mudaste completamente tudo o que tinha idealizado durante toda a minha vida. “Amor à primeira vista” nunca tinha tido um significado tão visível e tão marcante como teve naquela noite. Talvez não fosse já amor, mas acredita que se tornou nele muito rapidamente.
Com o passar do tempo, muita coisa mudou. “Aproximação” e “afastamento” foram as palavras de ordem nas nossas vidas. “Vai e volta” não era o meu forte mas passou a ser. Tudo aquilo que disse a que nunca me sujeitaria foi tudo aquilo que mais fiz. Desde voltar atrás quando já estava a seguir com a minha vida para a frente até aceitar ter-te de novo nos meus braços quando sabia que ias desaparecer novamente.
Sabia de cor todos os teus detalhes, sabia de cor os teus pontos fracos. Sabia como tinhas cócegas quando simplesmente te tocava na barriga. Sabia como te arrepiavas quando te dava um pequeno beijo no pescoço. Sabia como te contorcias todo cada vez que tocava na tua tatuagem, no braço esquerdo, mas mesmo assim deixavas-me continuar a fazê-lo porque aquela era uma boa sensação tanto para ti como para mim. Sabia como adoravas ter alguém para te ouvir cantar uma tarde inteira. Sabia como gostavas que te olhasse nos olhos e fixasse o meu olhar no teu durante bastante tempo, acabando eu por o desviar e sorrir.
Sabes? Tenho saudades tuas. Vou sempre ter porque foste o primeiro e o grande amor da minha vida. Ainda o és e vais continuar a ser. Foste o único por quem me apaixonei todos os dias um pouco mais. Foste o único que me respeitou como eu merecia. Ajudaste-me mesmo muito e só tenho que te agradecer por isso e por me teres feito sentir a miúda mais amada durante a nossa “não-relação”. Obrigada por tudo.
Esta é a carta que nunca te escrevi. Amo-te. Adeus.

A.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

"Amigos com benefícios"


"Amigos com benefícios". Senti aquelas três palavras como se de um estalo na face se tratasse. Não estava à espera. E, apesar de termos estado juntos tão pouco tempo, senti uma dor que não sentia há muito tempo - aquela dor que sentimos quando o fogo nos toca, aquela dor de queimadura, dentro de mim.
Não te perdoo. E não te perdoo por uma razão muito simples: não há nada a perdoar. A culpa não é tua. A culpa não é minha. Ambos pensámos estar na mesma página quando estávamos em páginas diferentes. 
Simplesmente atingi o meu limite. Atingi-o quando pensava que já o tinha feito. E, ao fazê-lo, perdi a minha fé. Não foste a causa - foste a gota de água. A gota num oceano de desilusões, mágoas, traições. E, finalmente, transbordou. Perdi o meu chão. Perdi a esperança no futuro. Perdi o que me prendia aqui. Deu-me vontade de desaparecer. Deu-me vontade de me fechar no quarto, deitar-me na cama e chorar contra a almofada. Deu-me vontade de nunca mais sair de lá e de não voltar a ver quem quer que fosse.
A vida continua, eu sei. Mas não hoje. Não por agora. É preciso reagir, sim, eu sei. Mas hoje não. Não em breve. Hoje não tenho esperança. Hoje estou triste, zangada e revoltada com a vida. Rancorosa com o amor, que nunca me sorri honestamente. Furiosa comigo mesma por ter construído esta personagem que não sou eu, mas na qual me tornei. Hoje quero lamentar o que perdi, o que não tenho.
Hoje não consigo lidar com "amigos com benefícios".
Hoje preciso de mais.

M.

domingo, 15 de novembro de 2015

Reage!


Nunca tinha entendido muito bem aquela ideia de que o tempo cura tudo e, para dizer a verdade, ainda não a compreendo. Acho que não é bem assim. Com o tempo a dor, a saudade, a angústia podem atenuar, mas curar? Curar não cura. Às vezes tens vontade de desaparecer, não é? Achas que as coisas nunca dão certo contigo e que nunca darão. Porque as esperanças e a fé que tinhas em manter uma relação séria, respeitosa e como tens direito a ter, desvaneceu-se com os passar dos tempos. Não é verdade?
Sabes o que tens a fazer? REAGIR. Está na hora de reagir. Reage, miúda! Estás à espera do quê? Já te deu o clique. Só falta tu quereres. Não te escondas por trás do muro que estás a construir como mecanismo de defesa.
É difícil veres tudo o que queres ser destruído com uma simples palavra - sim, é. Mas se alguém te diz uma palavra que não queres ouvir, se alguém tem uma atitude para contigo que não te satisfaz minimamente, faz o mesmo! Não adianta deixares-te levar pelas más influências que isso tem sobre ti. Não mesmo. Reage e vais ver que um dia tudo aquilo pelo que estás a passar te vai servir como experiência. REAGE.

A.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Sê feliz


O mundo dá voltas. A vida dá voltas. A quem nunca aconteceu o mais inesperado quando menos esperavam? Quem nunca perdeu a fé na humanidade, no amor, na amizade, na família, enfim, em tudo aquilo em que sempre acreditaram e, de repente, algo vos fez voltar a acreditar?
A vida é difícil. Todos sofremos - uns mais, outros menos -, mas o sofrimento é partilhado por toda a humanidade. No entanto, nem tudo é negro, nem tudo é mau, nem tudo magoa. Por vezes, temos de sofrer ao nos libertarmos de algo que já não nos faz bem, para conseguirmos ver o que está à frente dos nossos olhos, o que nos faz bem, o que nos faz felizes.
Nunca acreditei no ditado "Quando se fecha uma porta, abre-se uma janela". Mas, hoje, apercebo-me - é a mais pura das verdades.
Abre os olhos, continua o teu caminho, liberta-te do que te faz mal, sê tu própria/o.
E assim serás feliz.

M.

domingo, 8 de novembro de 2015

Estamos longe.


Estamos longe. Distantes. Muito distantes uma da outra. Não sei bem o que se passou, o que aconteceu para se ter dado este afastamento. Ou melhor… Se calhar até sei. Se calhar foi a distância física, foi aquele “não estar juntas” todos os dias, foi isso que nos afastou ligeiramente. A distância é um impedimento, sim. Não só em relação à amizade, mas a muitas outras coisas, todos sabemos. No entanto, não imaginava que fosse acontecer connosco. Logo nós! Duas pessoas que se davam tão bem, que tinham tanta confiança uma com a outra. Isso não mudou, atenção, mas as nossas vidas profissionais, por não serem coincidentes – nem podiam ser, não é? Nem tudo é perfeito… –, acabaram por nos afastar. Não tenho culpa, tu muito menos, a culpa não é de ninguém. São coisas que acontecem sem que as consigamos controlar mas só nos cabe a nós fazer por mudar isso.
Vamos ver o que o destino tem preparado para nós e esperar que seja algo bom, sim?
A.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Não me contento com menos do que já tive.



Cada vez mais é difícil interessar-me por alguém. Interessar-me mesmo. Sentir-me atraída, sentir desejo. As borboletas na barriga, as faces coradas, aquela pessoa constantemente no meu pensamento. E sempre que pensei estar a começar a interessar-me, depressa as minhas dúvidas se dissiparam e percebi que não.
Não sei o que foi que aconteceu. Não sei se é o meu subconsciente a dizer-me que não estou pronta ou se simplesmente elevaste demasiado as minhas expectativas.
A verdade é que depois do que tivemos, não consigo interessar-me por alguém. E sabes porquê? Não me contento com menos do que já tive. Quero uma relação onde haja intimidade, à-vontade, confiança. Onde haja tolerância, aceitação, liberdade. Não me contento com menos do que isso. Não me contento com uma relação doentia, que prenda, onde eu não possa ser eu própria, onde não haja liberdade, onde não haja à-vontade.
Se, para isso, for preciso ficar sozinha, ficarei o tempo necessário. E só deixarei de estar quando encontrar exactamente o que procuro.
Não me contento com menos do que me deste. Não me contento com menos do que já tive.

M.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Não fico bem sozinha.


Vejo pessoas dizer que se sentem completamente felizes sozinhas, que assim podem “curtir a vida” sem ter que dar satisfações a ninguém, que não se sentem presas e que é melhor assim.
Permitam-me que discorde. Permitam-me que diga que sim, é possível ser-se feliz sozinho mas não é a única maneira. Permitam-me que diga que tenho medo da solidão. A mim faz-me falta. Faz-me falta sentir-me amada. Faz-me falta sentir-me feliz. Uma relação não implica que as pessoas estejam presas, não implica falta de espaço nem de liberdade, não implica angústia. Uma relação envolve carinho, envolve medo, envolve dedicação, envolve paixão, envolve afeto, envolve discussões, envolve reconciliações, envolve determinação, envolve cuidado.
Às vezes sinto falta de palavras de carinho no momento certo, sinto falta de alguém que me motive, sinto falta de alguém com quem me deite no sofá numa tarde chuvosa de domingo a ver um filme, sinto falta de alguém que me aqueça, sinto falta de ter alguém que não sinta vergonha de estar comigo.
Sozinha não sou assim, não tenho nada do que desejo. Tenho mais liberdade, mas não tenho amor. Posso fazer todas as asneiras possíveis e imaginárias mas depois não vou ter alguém que me chame à atenção, que me dê protecção. Embora digam que mais vale sozinha do que mal acompanhada – e concordo! – acho que sinto falta de estar “só” acompanhada por alguém que demonstre o mesmo tipo de sentimento que eu.
Não, eu não fico bem sozinha.

A.