domingo, 28 de fevereiro de 2016

Os anos continuam a passar.





Hoje é mais um que passa. Mais um em que nos matas de saudades. Mais um que não te vejo. Mais um em que não oiço as tuas histórias. Mais um para juntar aos outros dois.
Conviver com a tua ausência consome-me um pouco mais a cada dia que passa. Já me habituei a não te poder ver sempre que me apetece, mas sentir que estás comigo ajuda bastante.
As saudades são imensas. Hei-de amar-te para sempre.
A.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

É para ficar?




Desapareceste. Meses depois achaste que seria bom reapareceres e assim o fizeste. Doeu, mas foi uma dor boa, uma dor suportável – ainda que pareça contraditório. Eu sentia a tua falta e foi bom teres voltado naquele momento. Não estava à espera que voltasses mas tinha a certeza que não te queria perder de novo.
Fiz tudo o que estava ao meu alcance para te provar que merecia ser tua e de mais ninguém, mas não quiseste saber e foste embora de novo.
É assim tão difícil lidar comigo? Sou assim tão complicada? Não entendo o que me falta. Ou faltava…
Escolheste voltar de novo. Mesmo que não seja perto, sinto que já não vives sem a minha presença na tua vida. Posso até parecer convencida quando digo isto, mas sei que te marquei. Marquei-te de tal forma que já não vives sem mim, por mais longe que possamos estar.
Será que desta vens para ficar ou vais permanecer na minha vida apenas mais alguns meses até decidires que foi, finalmente, o meu fim para ti?
A.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Não te esqueças de ti

Não te esqueças de ti. Precisas de tempo. Tempo para ti. Precisas de estar sozinha/o, precisas de o saber estar.
Dá tempo ao tempo. Dá espaço, dá-te espaço. Espera por um amor completo, um amor que te arrebata da cabeça aos pés. Não te contentes com menos do que isso.
Sabes? Nós temos o amor que achamos que merecemos. E tu sabes bem o que vales, certo? Então, se tiveres de esperar pelo amor certo, espera. Mas, se pelo caminho te quiseres divertir, diverte-te. Leva o tempo que quiseres, mas continua sempre em frente, e não olhes para trás, nem penses em voltar.
Quando o amor certo chegar, saberás. Verás que nada faltará. E perde-te. Perde-te nesse amor. Mas nunca te percas de ti. E nunca te esqueças de ti.

M.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

A carta que nunca te escrevi. - parte 3





Olá. Gostava de saber como estás mas não quero incomodar-te. Prometo que esta é a última carta que te escrevo.
Comecei a amar-te no dia em que achei que te tinha perdido. Aí, sim, vi que não era só gostar. Tinha necessidade de ti, necessidade de te ter ao meu lado. Ouvir o teu nome ainda mexe comigo. Ouvir o teu nome ainda me faz arrepiar como naquela primeira noite. Ouvir o teu nome faz-me querer ver-te, tocar-te, amar-te cada vez mais (como se isso ainda fosse possível…).
Tenho tanta pena de te perder, sabias? Nunca, em toda a minha curta existência, tinha conhecido ninguém como tu. Ninguém que me fizesse sonhar acordada. Ninguém que me fizesse perder o juízo no sentido literal do termo.
Todos os dias me lembro de ti porque vejo em ti tudo o que sempre quis para mim. Vejo em ti o meu marido ideal, vejo em ti o pai dos meus filhos, vejo em ti a minha fonte de inspiração. Ou via…
Desculpa se te amo, mas tenho tanta pena de te perder, sabias? Quero-te de volta porque me fazes falta. Quero-te de volta porque me fazias feliz, consciente ou inconscientemente. Quero-te de volta porque estando contigo eu sentia-me segura de mim mesma. Sentia-me a flutuar mesmo com os pés bem assentes na Terra.
Espero ter-te deixado uma marca positiva durante a minha passagem pela tua vida. Espero que te tenha servido de algo conhecer-me. Espero ter-te feito feliz, tanto quanto possível porque tu, mais do que ninguém, mereces ser muito feliz. Mereces tudo de bom neste mundo.
Talvez esta não seja a carta que nunca te escrevi mas sim a carta que nunca soubeste que te escrevi e, como já referi, prometo ser a última.
Agora, sim, despeço-me de ti. Um beijo e um amo-te são suficientes. Não volto a escrever-te mas acredita que foi um prazer fazê-lo. Adeus.
A.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Invejo-te


Dava por mim inúmeras vezes, parado, a olhar-te, simplesmente a olhar-te, decorando cada pormenor da tua cara, dos teus olhos. Pensando no quanto te admirava e o porquê. O que seria que me cativava em ti? Algo que ainda continua a flutuar no ar são as perguntas que procuram uma razão por te admirar tanto. A tua serenidade perante todas as situações que aconteciam a teu redor? Seria a tua indiferença para com o mundo? Seria o teu ingénuo sorriso? Seria o facto de a tua maldade se fazer passar, ingenuamente, por algo bom? Todas estas perguntas permanecem sem resposta aparente. Mas ambos sabemos que, lá no fundo, invejo-te. Sempre invejei. Adorava poder desligar os meus sentimentos, só por um dia que fosse. Todo este conflito diário de sentimentos dá comigo em doido. Sinto que nada faço cá. Só mais um corpo a consumir ar. Só mais uma pessoa a poluir o ambiente. Só mais uma pessoa a destruir e gastar o chão onde passa. Só mais uma pessoa a ocupar espaço. Como disse:"Só mais uma pessoa". Que diferença faz? Não encontro bons motivos. Porque, afinal, no fim de tudo, todos vamos estar no mesmo sítio. Não existe um "céu". Pois, se assim fosse, todos seríamos acolhidos no inferno. Sinceramente, acho que a melhor esperança que tenho após a morte é de reencarnar. Vejo a reencarnação como uma segunda oportunidade de viver, de recomeçar e tentar emendar os nossos erros passados. De facto, não pertenço aqui. O mundo não é sítio para mim. Nunca descobri como lidar com pessoas. Serei por isso eu uma criatura alienígena que se perdeu enquanto passeava na sua nave espacial e acidentalmente se despenhou num sítio chamado Terra? Ou serei apenas SÓ MAIS UMA PESSOA que se perdeu nos seus pensamentos? Mais perguntas que não tenho a capacidade de responder. Perguntas. Outra coisa que me baralha. Provavelmente, quando já não pertencer mais a este mundo, todas estas perguntas vão permanecer no eco de um quarto vazio, ainda sem resposta à espera que alguém consiga preencher o vazio com todas as respostas procuradas. Então, no fundo, qual é o objetivo? O objetivo de tudo, da vida? Acho que essa é outra pergunta, que irá permanecer num quarto vazio sem resposta. Porque afinal, somos todos "só mais um" que no fim vão todos parar ao mesmo lugar. E isto foram todas coisas em que pensei enquanto olhava para ti. De facto, tens algo especial, e inexplicável dentro de ti. Por isso e tudo o resto, invejo-te.

Anónimo

sábado, 6 de fevereiro de 2016

Não sentes ou não queres sentir?




Sabes? Durante algum tempo achei que tinhas perdido todo o sentimento que tens por mim. Pensei que simplesmente já não sentias mais nada. Será que era isso? Creio que não. Agora sei que não era bem assim. Nunca foi. Nunca deixaste de gostar de mim. Nunca perdeste a essência que te fez gostar de mim naquela primeira noite. Eu sei que não.
Mas explica-me uma coisa. Talvez tenhas uma resposta rápida e curta para mim. Porque é que “não queres sentir”? Porque é que finges que não há nada? Porque é que finges que não sentes nada? Porque é que não assumes? Eu sei que chegaste a sentir algo… Sei que ainda sentes.
Ainda hoje sentimos os dois porque o que “tivemos” foi, é e será sempre o melhor do mundo. Ainda que em pouca quantidade (de tua parte), sei que sentes… e chama-se amor.
A.