Olá. De novo. Volto a escrever
para ti.
Há coisas que não se esquecem. Se
soubesses o quanto me marcaste… E marcas. Mas não são marcas físicas (antes
fossem). São cicatrizes mentais e, tal como já referi, são coisas que não se
esquecem, coisas que não se explicam.
Durante todo este ano
questionei-me sobre qual seria o meu problema, sobre o porquê de não estares do
meu lado, sobre o porquê de, ainda assim, eu continuar tão presa a ti. Várias
foram as vezes em que me questionei sobre o porquê de teres vindo se não era
para ficares. Estava tão presa a ti quando já não queria e só pensava que se
era para me prenderes a ti, que fosse para não mais me largares. De certa
forma, sim, não me largaste. Não me largaste porque também tu estavas preso a
mim. Não como eu queria, mas estavas (e estás).
Confesso que só te queria a ti.
Com todos os teus defeitos e imperfeições que te tornam perfeito aos meus
olhos. Não precisavas de mudar nada. Eu queria-te assim. Foi assim que te
conheci, foi assim que me apaixonei. No entanto não quiseste aproveitar tudo
aquilo que estava disposta a dar-te – e, acredita, ia dar-te o melhor de mim.
Nunca vou conseguir explicar-te o
quão enraizado ainda te encontras em mim e, certamente, permanecerás assim
durante bastante tempo, mas vou desfazer-me da parte má disso para não
continuar a sofrer.
Foi um ano de amores e desamores,
ilusões e desilusões, encontros e desencontros, discussões e pazes feitas,
desafios, descobertas, novos projectos, perdas e ganhos, lágrimas e surpresas.
Foi um ano a pensar em ti e foi um ano que não vou esquecer. Porque não te
quero esquecer.
Ainda te amo. Vou sempre amar.
Até um dia, quem sabe…
A.