Queres sempre tudo pela metade. Metade
de mim, metade de uma relação. E o pior é que eu te queria. Mas não pela metade
– queria-te todo, completo.
Agora chega. Chega de metades. Não sou a
metade da laranja – sou a laranja toda.
Sei que esperas que te dê metade de mim
de novo, daqui a uns anos, quando as saudades dos nossos momentos forem
impossíveis de suportar. Mas não o vou fazer. Dei-te metade de mim, querendo
dar-te tudo. Mas tu não quiseste aceitar-me toda e só me deste metade de ti.
Não correu bem. Esperei aquilo que sabia que não podia ter. Esperei de ti
aquilo que eu sabia que não eras capaz de me dar. E magooei-me. E o pior é que
não me magooei pela metade. Magooei-me por completo.
Por isso, se só tens metade de ti para
oferecer, não quero nada. Se, quando voltares, só quiseres metade de mim,
perdoa-me. Mas desta vez não levas nada.
M.
Metade?! Não, obrigada.
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