“Como
posso perder algo que nunca tive” é uma boa questão para começar este texto.
Certamente vocês vão dizer-me “se nunca foi teu então não perdeste”, mas não é
bem assim. Perdi. Perdi de novo.
Perder
está a tornar-se uma constante na minha vida. Antes resumia-se apenas aos jogos
com os meus amigos. Hoje aplica-se a tudo na minha vida. Perdi pessoas, perdi
amizades, perdi amores. E, com tudo isso, estou a perder-me de mim mesma, estou
a perder a minha essência. No passado não te queria perder e acabei por deixar
isso acontecer de forma inconsciente. Naquela altura não te sabia tão próximo
de mim, não queria ver para lá do que dava para ser visto a olho nu. Hoje,
olhando para trás, dou conta que te perdi por medo, por distracção, pela minha
instabilidade constante. Perdemos os dois. Hoje sei que te perdi novamente
porque tinha que ser, porque não era para ser. Estava destinado. E sim, tu
“pertenceste-me” e eu perdi-te.
A.
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