sábado, 10 de outubro de 2015

Perdeste-me.


Perdeste-me. De vez. E agora não há volta a dar. 
Não sei quando aconteceu. Não sei porque aconteceu. Não sei porquê agora, porque não mais cedo ou porque não mais tarde. Sei que me cansei de vez e com isso me perdeste.
Perdeste-me nas pequenas coisas. Perdeste-me nos "quero-te", nas mensagens respondidas dias depois de as teres visto, nas chamadas que não atendeste.
Perdeste-me nas grandes coisas. Nas oportunidades perdidas, nos "não consigo", nas promessas quebradas, nas esperanças alimentadas.
Perdeste-me quando voltaste para ela e assumiste com ela o que nunca assumiste comigo. Perdeste-me nas vezes em que me pediste para ser tua amante e eu não tive coragem de dizer que não, porque gostava muito de ti, e ter-te assim era melhor do que não te ter de todo.
Perdeste-me quando não me soubeste dar resposta quando perguntei o que querias de mim, ou o que significava para ti.
Perdeste-me várias vezes e de várias formas, a pouco e pouco. Mas agora perdeste-me de vez.
Agora - perdoa-me-, mas agora perdeste-me.
De vez.
E desta vez não há retorno.


M.

Sem comentários:

Enviar um comentário