sábado, 3 de outubro de 2015

Onde estás?

A S. decidiu enviar-nos o seu texto e fez muito bem! Obrigada, S. Está muito bom :)


Não consegui chegar até ti. O meu amor não conseguiu mas sei que ele tentou, tentou muito. Tentou erguer os pilares que em segundos se foram destruindo, lentamente, enquanto me consumiam por dentro.  Amei-te à minha maneira, de forma simples, pura e honesta, a única coisa que eu sei fazer por alguém e esse alguém foste tu, por curto prazo foste tu o escolhido a quem eu queria dar tudo e dei tudo em 7 meses. Fiz coisas, disse coisas que nunca pensei dizer por alguém, esse escolhido foste tu que iria juntar os pedacinhos do meu coração já destroçado outrora. Sempre pensei que esses pedacinhos não pudessem ser colados, iria haver sempre marcas da mágoa mas tu conseguiste juntá-los, conseguiste fazer-me acreditar que vale a pena gostar de alguém, cuidar da pessoa, protegê-la a todo o custo como se ela fosse nossa e só nossa. Em 7 meses eu acreditei e fiz tudo para não te perder. Tu eras especial e ainda o és. 7 meses maravilhosos ao lado da pessoa que eu achava ser minha para sempre, meses esses sem discussões, anomalias como eu sempre quis em alguém. Esse alguém foste tu! E apenas tu! Mas agora estou aqui sozinha, chorando dentro de 4 paredes por alguém que desapareceu em 1 mês. O meu rapaz desapareceu! A pessoa por quem eu me apaixonei desvaneceu-se num curto espaço de tempo e eu não entendo o porquê? Onde estás tu? Era tudo tão azul e ficou escuro, o meu quarto, o meu dia, o meu coração... Ficou tudo preto! E tu não entendes, não queres entender, estás cego, estás iludido por algo que apareceu há semanas, que te transformou em algo que apenas pensa em me magoar. Tu magoaste-me. Os pedacinhos descolaram de novo e desmembraram-se ainda mais e agora o meu coração está num quarto escuro fechado à chave, a querer sair a todo o custo e não consegue. Conseguiu antes mas agora é ainda mais difícil. O quarto cheira a ti, as coisas continuam no mesmo sítio onde as deixaste, as memórias estão fechadas neste quarto assim como o meu coração. E continuará a estar…

S.

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