quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Imaginava(-te).





Não tenho perspectivas para o futuro. Não sei o que esperar de algo tão “inconstante”. Antes fazia planos e mais planos, imaginava cenários perfeitos na minha cabeça, via-me com dois filhos – um casal – a brincar pela casa, via-te a andares com os miúdos às cavalitas no paredão da nossa praia favorita (que não sei bem qual é). Imaginava-te a deixares-te levar por mim. Imaginava-te ao meu lado nos casamentos dos nossos melhores amigos. Imaginava-te a tocar na minha barriga, como se estivesses à espera de algo, quando estivesse grávida do nosso primeiro filho. Imaginava-te a caminhares comigo sem direcção aos domingos à tarde. Imaginava-te deitado do meu lado todas as noites. Imaginava-te a segurares a minha mão quando eu tivesse medo de alguma coisa. Sei lá, imaginava-te presente…
“Eu deixo-me levar pouco a pouco”, dizias tu. Lembras-te? Será que te deixaste levar tão pouco que nem foi o suficiente para que algo mais real acontecesse entre nós?
Hoje só te sei dizer que não tenho perspectivas nenhumas para o futuro. O que vier, virá e pronto. Não espero nada de ti nem de ninguém, porque eu imaginava-te aqui do meu lado e tu não estás.
A.

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