Sinto
a tua falta. Sinto falta de tudo o que a nossa “não relação” tinha para nos
dar. Sinto falta do teu cheiro. Sinto falta das vezes em que me agarravas na
cintura e me puxavas para perto de ti. Sinto falta das nossas brincadeiras, dos
amuos parvos e dos beijos inesperados. Sinto falta de me sentir protegida. Sinto
falta de como, perto ou longe, tu percebias que eu não estava bem, de fazeres
sempre algo para me reconfortar, quer fosse dando-me um beijinho na testa ou
dizendo-me ao telefone “calma, não chores”. Sinto falta do calor dos teus
abraços. Sinto falta da tua preocupação para comigo. Sinto falta de ser a tua
pequena, a “tua canuca”. Sinto falta de quando me agarravas no cabelo de forma
carinhosa. Sinto falta dos teus atrofios constantes. Sinto falta de quando
cantavas para mim. Sinto falta dos sussurros no ouvido. Sinto falta das noites
passadas a dançar, das noites em que só tu me fazias suar. Sinto falta daquela
vez em que só eu te consegui acalmar. Sinto falta dos nossos passeios e do
cliché – para quem ainda o vê assim – das mãos dadas. Sinto falta de acordar e
ter a tua mensagem. Sinto falta de chegar a casa e ir a correr para o quarto
para ir falar contigo. Sinto falta de estar longe de ti durante dois minutos e
te mandar uma mensagem a dizer que já tinha saudades. Sinto falta dos planos
que fazia secretamente na minha cabeça. Sinto falta de estar sentada ao teu
lado simplesmente a olhar-te nos olhos e apreciar a tua beleza, aquela que nem
todos viam. Sinto falta do teu ar e jeito rebeldes. Sinto falta dos teus lábios
a percorrer o meu pescoço. Sinto falta das nossas chamadas de horas – logo eu
que nem gosto de falar ao telefone. Sinto falta de me sentir feliz como só me
sentia quando estavas por perto. Sinto a tua falta… Sinto mesmo.
A.
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