sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Sinto a tua falta.


Sinto a tua falta. Sinto falta de tudo o que a nossa “não relação” tinha para nos dar. Sinto falta do teu cheiro. Sinto falta das vezes em que me agarravas na cintura e me puxavas para perto de ti. Sinto falta das nossas brincadeiras, dos amuos parvos e dos beijos inesperados. Sinto falta de me sentir protegida. Sinto falta de como, perto ou longe, tu percebias que eu não estava bem, de fazeres sempre algo para me reconfortar, quer fosse dando-me um beijinho na testa ou dizendo-me ao telefone “calma, não chores”. Sinto falta do calor dos teus abraços. Sinto falta da tua preocupação para comigo. Sinto falta de ser a tua pequena, a “tua canuca”. Sinto falta de quando me agarravas no cabelo de forma carinhosa. Sinto falta dos teus atrofios constantes. Sinto falta de quando cantavas para mim. Sinto falta dos sussurros no ouvido. Sinto falta das noites passadas a dançar, das noites em que só tu me fazias suar. Sinto falta daquela vez em que só eu te consegui acalmar. Sinto falta dos nossos passeios e do cliché – para quem ainda o vê assim – das mãos dadas. Sinto falta de acordar e ter a tua mensagem. Sinto falta de chegar a casa e ir a correr para o quarto para ir falar contigo. Sinto falta de estar longe de ti durante dois minutos e te mandar uma mensagem a dizer que já tinha saudades. Sinto falta dos planos que fazia secretamente na minha cabeça. Sinto falta de estar sentada ao teu lado simplesmente a olhar-te nos olhos e apreciar a tua beleza, aquela que nem todos viam. Sinto falta do teu ar e jeito rebeldes. Sinto falta dos teus lábios a percorrer o meu pescoço. Sinto falta das nossas chamadas de horas – logo eu que nem gosto de falar ao telefone. Sinto falta de me sentir feliz como só me sentia quando estavas por perto. Sinto a tua falta… Sinto mesmo.

A.

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