Tantas vezes o dissemos - "quero-te" combina
connosco.
Foram sempre "quero-te's"
calmos, afirmações do que já sabíamos, clímax de desejos proferidos entre nós.
Mas não é assim que te quero. Não
te quero com a calma de quem quer o que já tem. Não te quero como me queres.
Não te quero como quem quer após um orgasmo, com a oxitocina a correr pelo seu
corpo e a fazer o seu trabalho. Quero-te, porra!
Quero-te aqui, comigo, na minha
casa, sozinhos. Quero que me batas à porta, entres e me encostes à parede.
Qualquer parede. Quero que me beijes como só tu me beijas e me toques como só
tu me tocas. E quero que te entregues. Que te entregues a mim como nunca te
entregaste.
Quero-te, porra! Quero-te tanto...
Quero-te com a brutalidade de quem odeia e com o carinho de quem ama. Quero-te
com alma. E com corpo. Quero-te como se quer o que não se pode ter. Quero-te
como só eu te posso querer. Quero-te como quero que me queiras.
Quero-te, porra!
M.
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