quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Quero-te, porra!


Tantas vezes o dissemos - "quero-te" combina connosco.
Foram sempre "quero-te's" calmos, afirmações do que já sabíamos, clímax de desejos proferidos entre nós.
Mas não é assim que te quero. Não te quero com a calma de quem quer o que já tem. Não te quero como me queres. Não te quero como quem quer após um orgasmo, com a oxitocina a correr pelo seu corpo e a fazer o seu trabalho. Quero-te, porra!
Quero-te aqui, comigo, na minha casa, sozinhos. Quero que me batas à porta, entres e me encostes à parede. Qualquer parede. Quero que me beijes como só tu me beijas e me toques como só tu me tocas. E quero que te entregues. Que te entregues a mim como nunca te entregaste.
Quero-te, porra! Quero-te tanto... Quero-te com a brutalidade de quem odeia e com o carinho de quem ama. Quero-te com alma. E com corpo. Quero-te como se quer o que não se pode ter. Quero-te como só eu te posso querer. Quero-te como quero que me queiras.

Quero-te, porra!

M.

Sem comentários:

Enviar um comentário