Quando era pequena, acreditava em ti. Acreditava na tua
existência e que estávamos destinados a ficar juntos, em todas as nossas vidas,
gerações após gerações. Acreditava que nos encontraríamos sempre e que
saberíamos logo o que éramos um para o outro. Acreditava na felicidade, no
“felizes para sempre”, nos contos de fadas, no casamento, nas almas gémeas. E
acreditava que todos os caminhos iriam dar a ti e a todas essas coisas com que
enchia a cabeça nos filmes da Disney e nos livros de princesas.
Hoje, não. Acredito que a vida é para ser vivida
individualmente. Acredito que quando morremos, morremos e pronto. E por isso
temos de deixar a nossa marca no mundo. Não acredito no destino nem acredito
que todos temos o que merecemos. Acredito que a felicidade é um estado
momentâneo e não perpétuo. Não acredito num contrato entre duas pessoas que as
obriga a ficar juntas para o resto da sua vida, com base no seu amor. O amor é
uma ilusão – uma mistura de hormonas que desliga a parte crítica do nosso
cérebro em relação à pessoa amada.
Cresci cínica, à força. Mas preciso de ti mais do que
nunca. O momento é agora. Preciso que chegues e que me arrebates e que me faças
acreditar de novo. Preciso que me mostres que amar pode ser agradável, que amar
não tem que doer, que para amarmos não precisamos de nos anular.
Podes fazer isso?
M.
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