terça-feira, 25 de agosto de 2015

Existes? Estás aí?


Quando era pequena, acreditava em ti. Acreditava na tua existência e que estávamos destinados a ficar juntos, em todas as nossas vidas, gerações após gerações. Acreditava que nos encontraríamos sempre e que saberíamos logo o que éramos um para o outro. Acreditava na felicidade, no “felizes para sempre”, nos contos de fadas, no casamento, nas almas gémeas. E acreditava que todos os caminhos iriam dar a ti e a todas essas coisas com que enchia a cabeça nos filmes da Disney e nos livros de princesas.
Hoje, não. Acredito que a vida é para ser vivida individualmente. Acredito que quando morremos, morremos e pronto. E por isso temos de deixar a nossa marca no mundo. Não acredito no destino nem acredito que todos temos o que merecemos. Acredito que a felicidade é um estado momentâneo e não perpétuo. Não acredito num contrato entre duas pessoas que as obriga a ficar juntas para o resto da sua vida, com base no seu amor. O amor é uma ilusão – uma mistura de hormonas que desliga a parte crítica do nosso cérebro em relação à pessoa amada.
Cresci cínica, à força. Mas preciso de ti mais do que nunca. O momento é agora. Preciso que chegues e que me arrebates e que me faças acreditar de novo. Preciso que me mostres que amar pode ser agradável, que amar não tem que doer, que para amarmos não precisamos de nos anular.

Podes fazer isso?

M.

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