Não sou doce, ou querida,
ou fácil. Nunca fui nem hei-de ser. E sabem porquê? Gosto de mim assim.
Já passei por muitas
situações e por muita gente. E cheguei à conclusão de que o meu problema é
agarrar-me a algo durante demasiado tempo. Talvez por saber que não sou fácil
de lidar, talvez por saber que sou demasiado esquisita; talvez por isso me
prenda às coisas tempo demais: relações que já acabaram há muito, relações que
nem sequer começaram e estavam condenadas desde o início, relações que nem
deviam ter começado pela falta de compatibilidade, amizades para as quais mais
ninguém para além de mim se esforça.
Com o tempo fui
aprendendo com os meus erros. Percebi que nasci para mim mesma e para a minha
liberdade e que não adianta prender-me a alguém, porque não vai resultar.
Simplesmente não fui feita para o que chamam de "amor verdadeiro".
Fui feita para a paixão, sentimento mais intenso, mas mais passageiro. E estou
bem assim.
Mas também percebi que,
apesar de sentir falta e saudades, há amizades que tenho de deixar ir. Há
pessoas das quais tenho de desistir. Quando o esforço só existe de um lado a
amizade está condenada. E isso não tem nada a ver com liberdade. Tem a ver com
pequenos detalhes, pequenos esforços que fazem toda a diferença. E eu cansei de
ser a única a tentar manter a união. Cansei que desistam de algo que me inclui
sem me avisarem. E, por isso, sabem que mais? Desisti. Desisti também.
M.
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