quarta-feira, 9 de março de 2016

Desisti


Não sou doce, ou querida, ou fácil. Nunca fui nem hei-de ser. E sabem porquê? Gosto de mim assim.
Já passei por muitas situações e por muita gente. E cheguei à conclusão de que o meu problema é agarrar-me a algo durante demasiado tempo. Talvez por saber que não sou fácil de lidar, talvez por saber que sou demasiado esquisita; talvez por isso me prenda às coisas tempo demais: relações que já acabaram há muito, relações que nem sequer começaram e estavam condenadas desde o início, relações que nem deviam ter começado pela falta de compatibilidade, amizades para as quais mais ninguém para além de mim se esforça.
Com o tempo fui aprendendo com os meus erros. Percebi que nasci para mim mesma e para a minha liberdade e que não adianta prender-me a alguém, porque  não vai resultar. Simplesmente não fui feita para o que chamam de "amor verdadeiro". Fui feita para a paixão, sentimento mais intenso, mas mais passageiro. E estou bem assim.
Mas também percebi que, apesar de sentir falta e saudades, há amizades que tenho de deixar ir. Há pessoas das quais tenho de desistir. Quando o esforço só existe de um lado a amizade está condenada. E isso não tem nada a ver com liberdade. Tem a ver com pequenos detalhes, pequenos esforços que fazem toda a diferença. E eu cansei de ser a única a tentar manter a união. Cansei que desistam de algo que me inclui sem me avisarem. E, por isso, sabem que mais? Desisti. Desisti também.

M.

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