sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Foda-se


Foda-se - uma das minhas palavras favoritas. Derivada do verbo "foder", só podia ser uma boa palavra. Eu fodo, tu fodes, ele fode, nós fodemos, vós fodeis, eles fodem. Todos fodemos! Maravilha.
No entanto, a palavra "foda-se" normalmente não tem o mesmo sentido que o verbo (a menos que seja um "foda-se" e caem roupas no chão acompanhadas por dois corpos numa paixão desenfreada). Não. Normalmente, o "foda-se" é proferido quando a paciência já esgotou. "Só tenho folga daqui a 7 dias, foda-se". "O curso em que me inscrevi foi cancelado? Foda-se". "Este gajo nunca sabe o que quer! Foda-se, caralho que o parta".
Mas o que têm em comum é que após ambos (o foder e o foda-se), sentimo-nos melhor. A violência que nos estava a consumir desvanece-se: é que foder é terapêutico. E quando não se pode, um "foda-se" também o é. Não se pode ter tudo.
Por isso, fodam-se à vontade. No bom sentido, sempre. E para os que acharem que é muita asneira junta e/ou que a autora deste texto não anda nada inspirada (foder também inspira...): foda-se. Têm razão.

M.

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