segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

A carta que nunca te escrevi. - parte 3





Olá. Gostava de saber como estás mas não quero incomodar-te. Prometo que esta é a última carta que te escrevo.
Comecei a amar-te no dia em que achei que te tinha perdido. Aí, sim, vi que não era só gostar. Tinha necessidade de ti, necessidade de te ter ao meu lado. Ouvir o teu nome ainda mexe comigo. Ouvir o teu nome ainda me faz arrepiar como naquela primeira noite. Ouvir o teu nome faz-me querer ver-te, tocar-te, amar-te cada vez mais (como se isso ainda fosse possível…).
Tenho tanta pena de te perder, sabias? Nunca, em toda a minha curta existência, tinha conhecido ninguém como tu. Ninguém que me fizesse sonhar acordada. Ninguém que me fizesse perder o juízo no sentido literal do termo.
Todos os dias me lembro de ti porque vejo em ti tudo o que sempre quis para mim. Vejo em ti o meu marido ideal, vejo em ti o pai dos meus filhos, vejo em ti a minha fonte de inspiração. Ou via…
Desculpa se te amo, mas tenho tanta pena de te perder, sabias? Quero-te de volta porque me fazes falta. Quero-te de volta porque me fazias feliz, consciente ou inconscientemente. Quero-te de volta porque estando contigo eu sentia-me segura de mim mesma. Sentia-me a flutuar mesmo com os pés bem assentes na Terra.
Espero ter-te deixado uma marca positiva durante a minha passagem pela tua vida. Espero que te tenha servido de algo conhecer-me. Espero ter-te feito feliz, tanto quanto possível porque tu, mais do que ninguém, mereces ser muito feliz. Mereces tudo de bom neste mundo.
Talvez esta não seja a carta que nunca te escrevi mas sim a carta que nunca soubeste que te escrevi e, como já referi, prometo ser a última.
Agora, sim, despeço-me de ti. Um beijo e um amo-te são suficientes. Não volto a escrever-te mas acredita que foi um prazer fazê-lo. Adeus.
A.

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