Cada vez mais é difícil
interessar-me por alguém. Interessar-me mesmo. Sentir-me atraída, sentir
desejo. As borboletas na barriga, as faces coradas, aquela pessoa
constantemente no meu pensamento. E sempre que pensei estar a começar a
interessar-me, depressa as minhas dúvidas se dissiparam e percebi que não.
Não sei o que foi que
aconteceu. Não sei se é o meu subconsciente a dizer-me que não estou pronta ou
se simplesmente elevaste demasiado as minhas expectativas.
A verdade é que depois do
que tivemos, não consigo interessar-me por alguém. E sabes porquê? Não me
contento com menos do que já tive. Quero uma relação onde haja intimidade,
à-vontade, confiança. Onde haja tolerância, aceitação, liberdade. Não me contento
com menos do que isso. Não me contento com uma relação doentia, que prenda,
onde eu não possa ser eu própria, onde não haja liberdade, onde não haja
à-vontade.
Se, para isso, for
preciso ficar sozinha, ficarei o tempo necessário. E só deixarei de estar quando
encontrar exactamente o que procuro.
Não me contento com menos
do que me deste. Não me contento com menos do que já tive.
M.
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