terça-feira, 21 de junho de 2016

Carta a ti, que me desiludiste.




Querido "tu", que me desiludiste,
Não te queria escrever uma carta porque tinha prometido fazê-lo apenas ao grande amor da minha vida e como é óbvio, não o és – podias até ter sido, mas abandonaste esse papel ainda antes de o teres agarrado definitivamente. Decidi escrever-te na mesma porque… sei lá, acho que ainda te respeito e merecias isto.
Desiludiste-me imenso. Não, isto não é o típico cliché de quem é deixada numa relação. É verdade. Desilusão passou a ser a palavra que te define na minha cabeça depois de saber de tudo o que aconteceu. Não vou entrar em detalhes porque a nossa relação só a nós nos dizia respeito, mas garanto-te que merecias ser envergonhado e enxovalhado à força toda. (Desculpa, a raiva falou mais alto).
Não vou dizer que não passei bons momentos contigo. Estaria a mentir se o fizesse. No fundo, acho que isso é a única coisa que tenho a agradecer-te ao longo destes dois meses, porque sim, fizeste-me sentir coisas que já não sentia há imenso tempo. No entanto, não te perdoo por me teres abandonado. Não te perdoo pelo tempo que me pediste quando dizias continuar a gostar de mim. Não te perdoo por não teres corrido atrás de mim quando viste que a tua “nova relação” te tinha trazido consequências negativas. Não te perdoo.
Tenho pena de ti. Agora tenho. Pela situação que estás a passar, por sentir a tua dor quase como se fosse minha – continuo burra, mas acredita que passa. Hás de te recompor, hás de sair dessa e espero que encontres o teu caminho, que não faças com mais ninguém aquilo que fizeste comigo, porque trocar-me por uma aventura foi uma das piores asneiras que podias ter feito.
Desejo-te felicidades e espero que tudo o que passámos de mau deixe de me atormentar.
Da tua ex,
A.

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