quinta-feira, 30 de junho de 2016

A carta que nunca te enviei III


Hoje despeço-me de ti. A derradeira despedida ao fim destes seis anos de encontros e desencontros, alegrias e tristezas, despedidas e reencontros.
Tornei-me fria, com o tempo. O sofrimento, a desilusão e a solidão fazem isso às pessoas. Por isso, não te consegui dizer o que tinha aqui guardado quando te despediste de mim. Não te consegui dizer que também gosto muito de ti, que também espero que sejas feliz e que também te agradeço.
Parte de mim deseja que fiques. Parte de mim sente a tua falta e é a mesma parte que te quer comigo. Porque parte de mim não te esqueceu, apesar de toda eu querer acreditar que sim.
Foste o melhor. E sei que não vou encontrar mais ninguém que me faça sentir como me fizeste sentir. Como me fazias sentir. Porque, sério ou não, completo ou não, foste o amor da minha vida. E não me arrependo de nada que tivesse a ver contigo.
Então, adeus. Espero que sejas feliz. E mais importante que isso: espero que te encontres.

Com saudade,

M.

Sem comentários:

Enviar um comentário